Três anos antes de falecer, escreveu: “A santidade é o Amor de viver as coisas pequenas por Deus e para Deus, com a sua graça e a sua força (…) No fundo o amor é o único sentimento digno de Deus. Converter todas as coisas em Amor supõe já uma grande dose de santidade…”
Categoria: Definições de santidade
“Toda santidade consiste no amor a Deus e todo amor a Deus consiste em fazer sua vontade”.
Santo afonso maria de ligório
Puritas cordis (pureza de coração) significa muito mais para os Santos Padres do que perfeição moral ou mesmo ascética. É o fim de um longo processo espiritual de transformação no qual a alma, perfeita na caridade, desapegada de todo o criado, livre de todo movimento desordenado das paixões, é capaz de viver absorta em Deus, sendo penetrada, de quando em vez, por intuições vivas de sua ação, intuições estas que tocam as profundezas dos mistérios divinos, que “abraçam” a Deus, numa íntima e secreta experiência, não só de quem Ele é, como do que está fazendo no mundo. O homem que é puro de coração não só conhece a Deus como ser absoluto, ato puro, mas o reconhece como Pai das Luzes, Pai de Misericórdias, que tanto amou o mundo que lhe deu seu Filho Unigênito para o redimir. Tal homem o conhece, não apenas pela fé, pela especulação teológica, mas por uma íntima e incomunicável experiência.
Extraído de “O pão no deserto” (Bread in the wilderness) de Thomas Merton, Editora Vozes, 2008, tradução pelas Irmãs da Companhia das Virgens, pp. 30-31.
Nem graças, nem aparições, nem êxtases, ou qualquer outro dom que lhe seja concedido torna a alma perfeita, mas sim a união íntima com Deus. (…) A minha santidade e perfeição consistem na união estreita da minha vontade com a vontade de Deus”
dIÁRIO DE SANTA FAUSTINA, 1107.
Há uma palavra a que eu dou especial atenção – escreveu Ir. Faustina no Diário – e que continuamente pondero; essa única palavra é tudo para mim, com ela vivo e com ela morro – é a santa vontade de Deus. Ela é meu alimento cotidiano. Toda a minha alma está concentrada nos desejos Divinos e faço sempre o que Deus exige de mim, embora, muitas vezes, a minha natureza possa tremer e sentir que a Sua grandeza ultrapassa as minhas forças”.
Diário de Santa Faustina, 652.
“Ser santo, quer dizer: fazer a vontade de Deus… a vontade de Deus faz-se cumprindo perfeitamente o dever a todas as horas do dia”.
Do Pe. filipe Rinaldi, o P. Francésia, salesiano da primeira geração.
Deves entender que a santidade não consiste em outra coisa além do conhecimento da bondade e grandeza de Deus e da nossa nulidade e inclinação a toda espécie de mal; do amor por Ele e da indiferença por nós mesmos; da submissão não só a Ele, mas a toda criatura por causa dele; da renúncia total à nossa vontade, da total resignação à Providência e de fazer tudo pelo puro desejo de agradá-lo, porque Ele tem todo direito de ser amado e servido por suas criaturas.
SCUPOLI, Lorenzo. O combate espiritual. Cultor de Livros, São Paulo: 2019.
“Dizem que é muito difícil tornar-se santo. Mas não é verdade. Cada qual que queira pode tornar-se santo. Não se pedem coisas impossíveis para que alguém fique santo. Basta somente que ele faça com santíssima intenção todas as obras de seu estado de vida (…)
SÃO LUIS GUANNELA, IL PANE DELL’ANIMA – PRIMO CORSO, OPERA OMNIA, VOL. I, CENTRO CENTRO STUDI GUANELLIANI, NUOVE FRONTIERE EDITORA, ROMA 1992, P. 367
Tu que desde muito tempo pede conselho para tornar-se santo, reza para poder seguir em tudo a divina vontade, porque isto basta para tornar-se santo”.
L. GUANELLA, ANDIAMO AL PADRE, OPERA OMNIA, VOL. III, CENTRO STUDI GUANELLIANI, NUOUVE FRONTIERE EDITORA, ROMA 1999, P. 140.
“A santidade significa (…) o domínio perfeito de todas as nossas paixões. Significa (…) preferir a pobreza em vez da riqueza, a humilhação em vez da glória, o sofrimento em vez do prazer. A santidade significa amar o próximo como a nós mesmos por amor a Deus (…) Significa viver com humildade (…) e conduzir os próprios deveres segunda a razão única da agradar a Deus”.
PADRE Pio, Letters, vol. 2, 3ª ed, ed. Gerardo Di Flumeri, San Giovanni Rotondo, Convento Capuchinho Nossa Senhora das Graças, 2002, p. 562.